De acordo com as denúncias, os candidatos teriam fornecido material de construção a uma eleitora com objetivo de obter o voto dela e de seus familiares
O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) ajuizou duas ações de investigação judicial eleitoral (AIJE) contra candidatos eleitos para chefiar prefeituras em dois municípios da Zona da Mata mineira. Em ambos os casos, o órgão aponta compra de votos.
Uma das ações é contra o prefeito reeleito de Miraí, Adaelson Magalhães (Republicanos), e sua vice, Dra. Marcia (PSDB). A outra, referente ao pleito em Rosário da Limeira, acusa o prefeito eleito, Cristovam (PDT), e seu vice, Dalberto (PT).
De acordo com as denúncias, em Miraí, os candidatos teriam fornecido material de construção a uma eleitora com objetivo de obter o voto dela e de seus familiares. A ação na cidade ainda cita um candidato a vereador e sua esposa, que atualmente ocupa um cargo em comissão na administração municipal, que teriam ameaçado a eleitora para que mudasse declarações concedidas ao MPMG.
Em Rosário Limeira, segundo o órgão, o prefeito eleito e seu vice teriam, com auxílio de familiares, prometido dinheiro a eleitores em troca de votos. Em ambos os casos, “a partir dos fatos narrados, resta evidente que os representados, ao darem, oferecerem e prometerem bens e vantagens a eleitores, abusaram do poder econômico”, diz a denúncia.
As ações ressaltam ainda que em ambas as cidades, a conduta de compra de votos teria influenciado diretamente no resultado das eleições. Enquanto em Miraí a diferença entre o candidato vencedor e o que ficou em segundo lugar foi de nove votos, em Rosário Limeira a diferença foi de apenas um voto. “Ou seja, os votos comprados seriam capazes de modificar o resultado dos pleitos eleitorais”, diz a ação.
As ações requerem o impedimento ou a suspensão cautelar da diplomação e a determinação de quebra de sigilo bancário dos acusados. Ainda, requer reconhecimento da prática de abuso de poder econômico e inelegibilidade e cassação dos diplomas dos candidatos eleitos.
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