Imagens dos dias 11, 12 e 13 de outubro foram processadas pelo Laboratório de Análise e Processamento de Imagens de Satélites (Lapis), fundado pelo pesquisador Humberto Barbosa. Enel disse que 338 mil imóveis na região metropolitana da capital continuavam sem energia até as 18h30 desta segunda (14).
Imagens capturadas por satélites da Nasa, a agência espacial norte-americana, mostram a situação da Grande São Paulo antes e depois do apagão causado pela tempestade que atingiu a região na última sexta-feira (11).
As imagens foram processadas pelo Laboratório de Análise e Processamento de Imagens de Satélites (Lapis), fundado pelo pesquisador Humberto Barbosa, pós-doutor pelas universidades de Bergen, na Noruega, e Colônia, na Alemanha.
Na imagem do dia 11 de outubro, é possível ver a região metropolitana da capital toda iluminada, com um brilho pulsante. A situação era muito diferente no dia 12, com um brilho muito menos intenso e um leve borrão visto do espaço — condição provocada pela umidade atmosférica pós-chuva.
Antes e depois
Professor Associado da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), Barbosa aponta que dois fatores principalmente podem provocar esse tipo de temporal: uma grande quantidade de umidade na atmosfera e um sistema de baixa pressão que funciona como gatilho.
“Uma intensa corrente de jato de baixo nível se juntou a uma frente fria. Isso resultou na formação de uma tempestade arqueada ou em formato de curva, provocando rajadas de vento muito intensas, em direção ao litoral."
Cerca de 70 horas sem energia
A concessionária Enel Distribuição SP informou que 338 mil imóveis de cidades da Grande São Paulo continuavam sem energia elétrica até as 18h30 desta segunda-feira (14), terceiro dia de apagão.
Segundo a Defesa Civil, sete pessoas morreram na região metropolitana e no interior do estado.
Conforme a Enel, em acordo feito com a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), a empresa cumprirá o prazo de três dias para restabelecer totalmente o fornecimento de energia a todos os clientes.
"Para atender casos críticos, a Enel disponibilizou 500 geradores (40 de grande porte) para serviços essenciais, como hospitais, e clientes que dependem de eletricidade para manutenção de equipamentos hospitalares, por exemplo."
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