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Writer's pictureTV CULTURA MINEIRA

'El Patrón': esquema de tráfico personalizava embalagens famosas para camuflar drogas entregues via delivery em MG

Ação contra tráfico de drogas e lavagem de dinheiro prendeu 27 pessoas no Sul de Minas e no estado de São Paulo; uma estufa de maconha também foi localizada durante as buscas.


O esquema que levou à prisão de 27 pessoas durante a Operação El Patrón nesta quarta-feira (13) chamou a atenção da Polícia Civil pela embalagem usada para vender as drogas. Os pacotes imitavam marcas famosas de forma personalizada para cada tipo de entorpecente. Uma estufa de maconha foi encontrada durante a ação policial em Poços de Caldas (MG).


Os mandados foram cumpridos em Poços de Caldas (MG), Mogi Guaçu (SP), Osasco (SP) e São José do Rio Pardo (SP). Entre os presos, 24 foram capturados no município sul-mineiro e os outros três foram encontrados nas cidades paulistas.


Durante as apurações da Polícia Civil, foi identificado um sistema de delivery em que os compradores recebiam um cardápio das drogas disponíveis por aplicativo de mensagem e faziam os pagamentos via PIX.


Neste esquema, que era comandado por um alvo principal da cidade de Mogi Guaçu, os entorpecentes eram entregues por motoboys, que faziam a distribuição em diferentes bairros da cidade no Sul de Minas.


Em agosto do ano passado, um motociclista chegou a ser preso após bater contra uma viatura da Polícia Militar de Poços de Caldas enquanto transportava diversos pacotes de cereais com drogas. Segundo a polícia, esta foi uma das apreensões que deu origem às investigações.


Segundo o delegado regional de Poços de Caldas, Cleyson Brene, as drogas eram acondicionadas em pacotes com símbolos que remetiam a marcas conhecidas, porém, incorporando imagens específicas.


Operação El Patrón


A operação recebeu o nome de El Patrón com base no perfil utilizado pelo grupo criminoso nas redes sociais, que modificava frequentemente os dados de contato para dificultar a identificação.


As apurações indicam que os suspeitos recebiam pedidos por meio de um aplicativo de mensagem e entregavam as drogas dentro de embalagens estilizadas como se fossem produtos verdadeiros, como batatas chips.


A investigação iniciou com prisões em flagrante relacionadas com o tráfico, o que possibilitou a análise minuciosa de aparelhos celulares apreendidos e a quebra de sigilo telemático, autorizada pela Justiça.


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